O abuso sexual em números
Em quase a totalidade dos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, o autor é conhecido. São padrastos, irmãos, tios, amigos próximos da família, enfim, pessoas de confiança. Segundo pesquisa do Hospital das Clínicas, que acompanhou 205 vítimas, os pais são os maiores agressores: em 39% dos casos, foram eles que fizeram seus filhos vítimas de violência sexual. Quem faz a denúncia às autoridades, na maioria dos casos, é a mãe – em segundo lugar, estão as avós. Em sua maioria, as vítimas são meninas – 63,4%, contra 36,6% de meninos. As idades destas crianças e adolescentes variam conforme o gênero. No caso das garotas, 48,5% dos casos acontecem entre 7 e 10 anos. Já nos meninos, 54,6% dos abusos ocorrem quando eles têm entre 3 e 6 anos.
Bom Dia Bauru
Exploração sexual no RS
Em 18 de maio, o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT/RS) iniciou uma campanha estadual para combater a exploração sexual infantil. Os anúncios, veiculados em diversas mídias, possuem o título “Criança não é mercadoria” e têm o objetivo de incentivar as denúncias ao Disque 100, serviço mantido pelo Governo Federal. No estado, são registrados cerca de 300 casos por mês, sendo que o Rio Grande do Sul é o terceiro no ranking da exploração comercial de crianças e adolescentes em rodovias federais. As rodovias com maior incidência de casos são as BRs 101 e 116.
Correio do Povo
RN combate violência contra crianças e adolescentes
Nos últimos dez anos, em todo o Rio Grande do Norte a Polícia Civil registrou um crescimento de 481% no número de denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Já a quantidade de boletins de ocorrência para crimes desta natureza saltaram de 276 (em 2001) para 1.064 (em 2010). As modalidades mais comuns são maus tratos, estupro e exploração sexual – sendo que a última aumentou espantosos 1.476% no período citado. Até abril, a Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente (DCA) – único ponto de investigação de ocorrências contra crianças em todos os 167 municípios do estado – já registrou 262 denúncias. Já a quantidade de denúncias cresce em um ritmo estável ao longo dos anos, tanto que, de 2001 a 2010, as investigações da DCA saíram de 28 inquéritos para 94 – em um aumento de 235%.
Tribuna do Norte
Conscientização sobre a exploração sexual
Um projeto de lei distribuído no começo de junho quer garantir a instalação de placas informativas sobre crimes de exploração sexual em todas as cidades situadas na faixa litorânea de Pernambuco. A estratégia, que já é seguida em algumas rodovias federais da Paraíba, é uma tentativa de conscientizar a população, além dos turistas. Para virar lei, a proposta ainda precisa passar por cinco comissões até ser sancionada pelo Governador Eduardo Campos, o que pode acontecer em dois meses. Caso isso aconteça, as placas serão instaladas em bares e restaurantes, além de painéis ao longo das BRs e entradas da cidade. Nos municípios que tiverem mais de um acesso, os painéis serão instalados sempre a cada 500 metros.
Diário de Pernambuco
Exploração sexual e vício
A exploração sexual infantil é um grande problema em Santa Catarina, principalmente pela associação com o vício em crack. Por meio de programas de R$ 20 a R$ 30, adolescentes abastecem o bolso de traficantes ou cafetões em troca de drogas. Em São José, a Rua Gerôncio Thives, é conhecida por ser um ponto de prostituição infantil, comércio, consumo de drogas e de cafetões. Apesar de este fato ser bastante conhecido, não há ação de polícia na região, mesmo com o alto risco de violência – em busca de dinheiro, algumas meninas comentem pequenos furtos de clientes (carteiras ou celulares) para, em seguida, trocar por crack. Mesmo com a atuação do Conselho Tutelar, a maioria das crianças e adolescentes retorna aos pontos impulsionada pelo vício da droga ou pela desestruturação familiar, problemática também comum neste tipo de ocorrência.
Diário Catarinense