Depois de Fortaleza, Recife e Natal, é a vez de Belém receber o projeto Vira Vida, promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi). O projeto vai ofertar cursos profissionalizantes para 40 jovens vitimas de exploração sexual, inscritos nos cursos na área de Moda e de Tecnologia da Informação.
Em média, cada curso terá 700h/aula. Para o segundo semestre, mais 60 jovens serão contemplados em novos cursos, totalizando 100 jovens beneficiados pelo programa. A aula inaugural aconteceu no último dia 5, na Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA). “O Sesi está investindo no Projeto Vira Vida com o objetivo de oferecer Formação Profissional como alternativa de sobrevivência digna a jovens e adolescentes vitimas de exploração sexual e assim possibilitar sua reintegração social com a inserção dos participantes no mercado de trabalho. É um leque de oportunidades que se abre a jovens, entre 16 e 21 anos, a partir de cursos profissionalizantes que incluem educação básica continuada e módulo de autogestão”, destaca o superintendente regional do Sesi, José Olímpio Bastos.
O Vira Vida contempla a necessidade de integração entre Formação Profissional, Educação Básica, Empreendedorismo, atendimento psicossocial, garantia de direitos fundamentais e apoio às famílias. Os cursos foram desenvolvidos a partir do alinhamento entre demanda de cada mercado, o perfil e as expectativas desses adolescentes e jovens.
Pautados em suas projeções de vida, os cursos em desenvolvimento abrangem as áreas de Moda, Imagem Pessoal, Turismo e Hospitalidade, Gastronomia, Tecnologia da Informação, Administração e Química e apresentam carga horária que varia entre 755 e 952 horas/aula, conforme a modalidade.
Parceiros
Idealizado pelo Conselho Nacional do Sesi, em consonância com as diretrizes da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e do Ministério do Turismo, o Projeto tem como principal pilar de sustentação a formação de uma rede de parceiros, integrando instituições governamentais e não governamentais, instituições comunitárias e filantrópicas, autarquias, empresas e representantes do setor produtivo.
As instituições do Sistema S (Sesi, Senai, Senac e Sebrae), vêm executando em conjunto as ações educativas do projeto. “Estamos todos unidos em torno de um objetivo comum”, afirma Jair Meneguelli, presidente do Conselho Nacional do Sesi. “Dessa forma fortaleceremos a rede de enfrentamento à exploração sexual de jovens adolescentes e reduziremos o campo de ação dos aliciadores. O Projeto constitui-se numa rede de instituições cooperadas que assegura desde o financiamento a execução do projeto até a inserção social e profissional”, explica.
Para garantir os empregos dos jovens que passarem pelo programa, algumas parcerias estão fechadas. Em Fortaleza, por exemplo, um acordo com a Caixa Econômica Federal garantirá emprego para 25 meninas que participam do curso de Produção de Eventos.
Além de auxílio psicológico e cursos técnicos de seis a nove meses de duração, os adolescentes e jovens recebem uma ajuda de custo de R$ 500 mensais. De acordo com Meneghelli, é uma forma de incentivar a participação.
Com informações da Agência CNI e do jornal Diário do Pará