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De olho no assunto

Infra-estrutura das delegacias para crianças e adolescentes é precária, diz pesquisa. MTur ampliará programa contra exploração sexual em Fortaleza. Entidades lançam cartão telefônico contra exploração sexual em Foz do Iguaçu. Petrobras lança campanha de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Caminhoneiros são submetidos a trabalho escravo, diz sindicalista.

Infra-estrutura das delegacias para crianças e adolescentes é precária, diz pesquisa
Pesquisa da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) revelou que as delegacias especializadas em crianças e adolescentes do País sofrem com a falta de infra-estrutura para atender meninos e meninas. Apenas 53,6% dos estabelecimentos possuem sala de atendimento especial às vítimas de violência, 42,9% têm sala de espera para os pais e 21,8% têm brinquedoteca, por exemplo. O levantamento, com dados de dezembro de 2006, levou em conta as delegacias nas quais crianças e adolescentes são tratados apenas como vítimas (23,2%), aquelas em que entram como infratores (35,7%) e as que atuam nas duas situações (21,4%). Das 75 delegacias do País, 56 responderam ao questionário enviado pelo Governo. Dessas, 29 (51,8%) possuem carceragem, com um total de 287 meninas e 983 meninos. Segundo a Secretaria Nacional isso não deveria sequer existir. "As carceragens dão indicativos de graves violações de crianças e adolescentes. O Estatuto da Criança e do Adolescente deixa claro, muito claro, que a privação de liberdade não significa privação de direitos", diz Carmen Silveira de Oliveira, subsecretária de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência e presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Folha de S. Paulo


MTur ampliará programa contra exploração sexual em Fortaleza
O ministro do Turismo, Luiz Barretto, reafirmou, no dia 19, o compromisso do Governo Federal com a prevenção e enfrentamento da exploração sexual de crianças e adolescentes em fortaleza (CE). De acordo com o ministro, a intenção é fazer avançar o programa Turismo Sustentável e Infância, que busca, por meio da qualificação profissional, afastar os jovens da situação de vulnerabilidade social. Para 2008, o orçamento do ministério reservou R$ 8,8 milhões para as ações do programa de Turismo Sustentável e Infância em todo o país, o que representa um aumento de 100%. De acordo com o Barretto, ano passado, o Ministério do Turismo aplicou R$ 300 mil no projeto Inclusão Social com Capacitação Profissional, em Fortaleza.

Mercado e Eventos


Entidades lançam cartão telefônico contra exploração sexual em Foz do Iguaçu
No último dia 27, Federação Nacional de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (FNHRBS), em parceria com a BrasilTelecom e o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Foz do Iguaçu (SindHotéis Foz), no Paraná, lançaram um cartão telefônico com campanha contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. Cerca de 3,2 milhões desses cartões serão veiculados nos Estados onde a empresa telefônica BrasilTelecom atua. Além de alertar para as situações de violência, a mensagem do cartão divulga o número "Disque 100" para denúncias. Para 2009, a proposta é expandir também para a região Nordeste do Brasil, alcançando uma meta de distribuição de até 15 milhões de cartões.

H2Foz


Petrobras lança campanha de enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes
A Petrobras lançou, na segunda quinzena de junho, a quarta edição da Caravana Siga Bem Caminhoneiro. Nesta edição serão ampliadas as ações de responsabilidade social, como o Siga Bem Criança, voltado ao enfrentamento da violência e exploração sexual de crianças e adolescentes nas estradas, o Siga Bem Mulher, ação de conscientização para a campanha de combate à violência contra a mulher, a campanha de preservação do meio-ambiente e o Programa de Segurança nas estradas, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Agência Brasil


Caminhoneiros são submetidos a trabalho escravo, diz sindicalista

Durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), o presidente do Sindicato dos Empregados em Transporte Rodoviário de Carga Seca do Rio Grande do Sul (Sinecarga), Paulo Roberto Barck, afirmou que caminhoneiros são submetidos a trabalho escravo e pediu que essa prática seja combatida. Ele também solicitou a regulamentação da atividade. A audiência, uma iniciativa do presidente da CDH, senador Paulo Paim (PT-RS), discutiu, no último dia 26, as condições de trabalho dos motoristas de caminhão e de ônibus. Paulo Barck disse que os caminhoneiros trabalham em torno de 18 horas diárias e que a jornada "estafante" causa problemas ergométricos, bem como estresse e hipertensão aos profissionais.

Agência Senado

 

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