Maioria das denúncias do Disque 100 é de violência sexual contra crianças e adolescentes. Sesi anuncia início de projeto contra exploração sexual em Pernambuco. Estudo revela que 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas por dia no país. Pesquisa aponta que 30% dos motoristas de caminhão trabalham sob efeito de cocaína
Maioria das denúncias do Disque 100 é de violência sexual contra
crianças e adolescentes
A maior parte dos casos de violência contra crianças
e adolescentes registrados pelo Disque Denúncia é de violência
sexual. O dado foi revelado em relatório da Secretaria Especial
dos Direitos Humanos (SEDH), que leva em consideração
denúncias feitas entre maio de 2003 e fevereiro deste ano. Nesse
período, o Disque Denúncia (ou Disque 100, como também é conhecido)
recebeu e encaminhou 57.664 denúncias de todo o Brasil e conseguiu
separar e classificar 49.599 em tipos de violência. De acordo
com dados do relatório, cerca de 19% delas refletem casos de
abuso sexual contra crianças e adolescentes, 13% de exploração
sexual comercial e 0,56% de pornografia.
Sesi anuncia início de projeto contra exploração
sexual em Pernambuco
Jovens em situação de exploração sexual
vão participar de um projeto encabeçado pelo Sesi com
o apoio do Governo Federal e do Governo do Estado de Pernambuco. Na
experiência piloto, devem participar 100 meninas com idade acima
de 16 anos, que vão receber cursos profissionalizantes com duração
entre seis e oito meses, uma ajuda de custo de R$ 500 e a garantia de
um emprego ao final do curso. De acordo com Jair Meneghelli, presidente
do Conselho nacional do Sesi, a intenção é começar
o projeto no período de dois meses. Os cursos serão financiados
pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e as aulas serão desenvolvidas
pelo Sistema S e pelo Conselho Nacional do Sesi.
Estudo revela que 290 mil pessoas dirigem alcoolizadas
por dia no país
Estimativa do Ministério da Saúde indica que, diariamente,
290 mil pessoas dirigem alcoolizadas no país. De acordo
com o estudo, o consumo abusivo de bebidas seguido de direção é maior
na capital do Tocantins. Em Palmas, 4,5% das duas mil pessoas
pesquisadas confessaram o costume. No Distrito Federal, o uso
indevido de bebidas seguido do ato de dirigir automóveis
atinge 3,5% dos entrevistados. A menor freqüência foi
no Rio de Janeiro, 1%. O percentual geral para todas as capitais
brasileiras, cidades nas quais foram feitas entrevistas, foi de
2% da população. A associação álcool
e direção é mais freqüente entre homens
( 4%) do que entre mulheres (0,3%). Em todo o país, a população
masculina de Teresina (PI) é a que mais bebe e dirige -
9,5% dos entrevistados. As mulheres do Distrito Federal, com 1,8%,
e as de Palmas, com 1,6%, são as que mais ingerem bebida
alcoólica e depois dirigem.
Pesquisa aponta que 30% dos motoristas de caminhão trabalham
sob efeito de cocaína
Pesquisas apresentadas à Câmara dos Deputados no dia 9
de abril denunciaram que 30% dos motoristas de caminhão que trafegam
em Mato Grosso trabalham sob o efeito de cocaína e outros estimulantes
químicos. O estudo foi apresentado pelo procurador do Ofício
de Rondonópolis (MT), Paulo Douglas Almeida de Moraes, e tem
como base exames de urina feitos nos motoristas. O resultado ainda mostra
que 15% deles se encontravam em estado de pré-overdose quando
o exame foi realizado. Moraes afirmou que os números mostram
a necessidade urgente de adoção de medidas de controle
da jornada de trabalho dos caminhoneiros, como propôs o Ministério
Público do Trabalho, não só no Mato Grosso como
em todo o país. Segundo o procurador, o excesso de jornada é o
principal motivo que leva os motoristas a consumir estimulantes. Em
contrapartida, o presidente da Federação das Empresas
de Transporte de Carga do Rio Grande do Sul, Paulo Vicente Caleffi,
afirmou que a pesquisa retrata a realidade de Mato Grosso, mas não
a do País. Ele disse ser contra a instalação de
tacógrafos para medir o tempo de direção dos motoristas,
e apontou como principal problema para o transporte de carga a má conservação
das estradas.