Nove das 21 empresas selecionadas pelo Guia de Sustentabilidade da Exame 2012 são signatárias do Pacto Empresarial do Programa Na Mão Certa. São elas: Braskem, CPFL, Dow Brasil, Ecovia, Fibria, Grupo O Boticário, Kimberley-Klark Brasil, Unilever Brasil, Whirlpool Latin America.
O guia representa um reconhecimento das empresas por sua atuação socioambiental e as coloca como referência não apenas na gestão de seus negócios, mas também na preocupação com sua cadeia de valor e seu processo produtivo. Esse é um indicativo de que a abordagem transversal da causa do Programa Na Mão Certa na operação repercute de maneira estratégica para os resultados da empresa e contribui para a geração de valor da mesma. Algumas dessas empresas, inclusive, estão listadas no Índice de Sustentabilidade Empresarial, da BM&FBovespa, assunto que será tratado na próxima edição.
Valor agregado – Segundo Aron Belinky, do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas, há três eixos motivadores para que as empresas se aliem a causas sociais: diferenciação, reconhecimento de si mesma como aliada da sociedade e minimização de impactos. “As empresas estão tendo o desafio de se diferenciar em um mercado que é cada vez mais igual. E algo que ajuda uma empresa a ser reconhecida é a construção de uma imagem associada a uma causa, é mostrar que ela está participando de determinada agenda da sociedade”, diz.
Para ele, a sociedade tem expectativa crescente no envolvimento de empresas. “Quando uma empresa passa a militar essa causa, ela dá uma resposta, mostra que é sensível e que dá sua contribuição”, diz. “Além disso, por estar conectada à causa, a empresa tem mais formas de prevenir riscos ligados, por exemplo, à reputação e à responsabilização por danos causados. Essas empresas têm melhor gestão do que aquelas desconectadas”, conclui.
Histórico – Em 2007, quando o Programa Na Mão Certa foi lançado, a equipe técnica promoveu a articulação com os representantes do Guia Exame de Sustentabilidade para que o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes fosse incluído no questionário de avaliação das empresas. Este posicionamento deu legitimidade para a causa no setor empresarial, em especial, para as empresas que buscam a sustentabilidade em todos os níveis do seu negócio e tem contribuído para a adesão crescente de empresas ao Pacto Empresarial. “Uma infância livre de exploração e abuso sexual é uma conquista de toda sociedade e esses reconhecimentos fortalecem nossa atuação”, diz Eva Dengler, consultora do Programa Na Mão Certa.
Sobre o Guia Exame de Sustentabilidade O Guia Exame de Sustentabilidade é uma publicação anual que destaca as empresas modelo em responsabilidade social corporativa. É o maior e mais respeitado levantamento sobre o tema feito no Brasil. Em 2012, foi publicada sua 13º edição. Para se inscrever, as empresas precisam preencher um questionário dentro do prazo estabelecido. Esse questionário é analisado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (GVCes), instituição que é referência no tema no Brasil. O questionário, com 140 perguntas, é dividido em quatro partes: O enfrentamento da exploração sexual é englobado na dimensão social. Uma vez preenchido o questionário, as respostas são analisadas estatisticamente, de modo a excluir empresas com os piores desempenhos em qualquer das dimensões do questionário. Com base nessa análise, um grupo de cerca de 40 empresas é selecionado e submetido à decisão de um conselho deliberativo – formado por especialistas –, que elege 20 empresas-modelo. Adicionalmente, é escolhida uma empresa-modelo entre as pequenas e médias empresas (com faturamento anual de até 300 milhões de reais). Fonte: Exame.com |